Reflexões sobre tempos modernos, visual law e respeito a tecnologia

 Antes de iniciarmos nossa rápida reflexão, sugiro a você, leitor/leitora, que dê uma conferida no escrito Como aplicar o Visual Law na prática, publicado pelo colega Bernardo de Azevedo e Souza, aqui na comunidade JusBrasil.

Realizada a leitura acima indicada, tenhamos em mente que, em resumo, visual law é uma junção entre Direito, Tecnologia e Design, em que, partindo-se da premissa de que a objetividade milita a favor do advogado quando na busca do êxito em sua demanda, este aplica os princípios do Design em sua forma de peticionar.

Lendo o texto indicado acima, lembrei de quando eu tinha 14 anos de idade, época em que tive meu primeiro contato com o Photoshop e com o CorelDraw, que eram os maiores programas de edição e criação de imagem na época. Muito novo, entendia aqueles programas como sendo as ferramentas do futuro. Eu achava extraordinária a ideia de usar imagens para apresentar ou modificar realidades. Não imaginava eu que, ao passar dos anos, iria me formar em Direito e que conseguiria aplicar o que aprendi com as imagens no meu cotidiano profissional.

Desde a chegada da informática e internet, as coisas passaram a se modificar muito rápido. Não seria diferente no Direito e na advocacia. Desde que comecei estudar sobre visual law me lembro sempre dos aprendizados que o Photoshop e o CorelDraw proporcionaram na minha adolescência até chegar na conclusão que: sim, dá pra ser mais clean! Dá pra ser mais objetivo e menos prolixo sem perder o glamour do juridiquês. Dá sim para apresentar uma peça inicial ou contestação com imagens objetivas, com QRCode, dá pra ter logomarca flat ou minimalista, dá sim para linkar conteúdo externo ao processo. Isso é reflexo do avanço. Em tempos de informação muito rápida, já não dá mais pra peticionar como antigamente. O Direito se tornou dinâmico, o peticionamento há de ser também. No atual panorama, em que existe muita demanda para poucos julgadores, não sejamos tolos e tenhamos maturidade para reconhecer que, em regra, os juízes não conseguem mais darem total atenção para aquela petição de 20, 30, 40 páginas.

E aí busco a reflexão junto com os colegas que militam na advocacia: como andam as suas petições e imagem do seu escritório? Você acompanhou a evolução da tecnologia? O que você mudou na sua forma de trabalhar nos últimos anos? A sua petição é a mesma de 10 anos atrás?

Já parou para pensar que em 2009, para realizar gravações de imagens aéreas, existia a necessidade de se ter um um helicóptero, com um piloto, junto com um cameraman. Hoje, pouco mais de 10 anos depois, um pequeno drone controlado por qualquer pessoa portando um celular substitui toda mão de obra até outrora usada.

Em 10 anos o helicpótero foi vendido, os custos foram diminuídos de forma gigantesta, o piloto e o cameraman perderam o emprego. Isso não te diz nada? Isso é tecnologia. Respeite-a! O próximo a perder o emprego ou mercado pode ser você!

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